quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A grande façanha...

Assisti ao debate quinzenal na Assembleia da República, até onde tive estômago para aguentar.
Fiquei a saber que o grande feito do actual governo, repetido em quase todas as intervenções do Primeiro-ministro e mais do que uma vez por intervenção, foi a redução défice publico para o nível mais baixo desde há já não sei quantos anos.
Mas à custa do quê?
Do mais alto nível de desemprego, do maior número de falências de que há memória, da maior falta de meios nos serviços públicos que nos lembramos, do estrangulamento da empresas e das famílias com impostos, da agonia da nossa economia.
A solução de José Sócrates lembra-me um velho provérbio : "Não se morre da doença, morre-se da cura" e efectivamente com as brutais subidas de impostos, com a constante perca de regalias e com a redução do apoio social, com a famosa reforma da administração pública que ainda fez subir despesa primária, com o desaparecimento do investimento do estado e ainda com alguma criatividade orçamental, qualquer aprendiz de feiticeiro reduzia o défice.
É pena é que Jorge Sampaio não venha agora dizer que "Há vida para lá do défice" e que de nada serve ter um défice até inferior ao permitido se com isso destruimos a nossa base económica, matamos as nossas empresas e as nossas possibilidades de vir a desenvolver o país no futuro.
O mais impressionante ainda é que José Sócrates consegue sorrir quando lhe dizem na cara o verdadeiro estado de calamidade em que colocou Portugal.

2 comentários:

Fátima disse...

Que pena não podermos ressuscitar os mortos, aí que saudades que tenho do Sá Carneiro!
Ai Portugal Portugal onde iremos nós parar...

Anónimo disse...

A arrogância do primeiro-ministro é absolutamente insuportável. Apesar de liderar um governo claramente incompetente, insiste em fazer crer que só ele tem as soluções para os problemas do país. O discurso dele vai ser: ou eu, ou o caos. Aliás, já começou: pedir maioria absoluta é um insulto à inteligência dos portugueses, perante o descalabro em que o país se encontra. E que também é da sua responsabilidade.