quarta-feira, 26 de agosto de 2009

And the award goes to...

Hoje vi os telejornais da noite. Confesso que é coisa que não faço durante muito tempo, porque, normalmente, ou passam os primeiros dez minutos com noticias sem qualquer importância ou a explorar uma desgraça qualquer. Uma das desgraças que os nossos jornalistas gostam muito de explorar é a douta opinião de alguns portugueses que gostam muito de, pelo menos uma vez na vida, falarem para a TV, brindando-nos com os seus notáveis pontos de vista. Sempre ouvi dizer que a miséria não se leva para a rua e não estou a falar de miséria económica, entenda-se. Creio que as nossas televisões deviam poupar-nos um pouco e não difundir toda e qualquer asneira que seja dita para a câmara.
Nos dez minutos em que andei a fazer zaping entre canais, fiquei a saber duas coisas memoráveis e que francamente era mais feliz quando não as sabia. A primeira é que quem andou aos tiros na Quinta da Princesa foi a polícia consigo própria e até se atirou uns cocktails molotov, segundo a conhecedora e isenta opinião de uma moradora. A segunda foi de um senhor que afirmou com o peso que os provérbios populares sempre emprestam às afirmações, que "depois de casa roubada, trancas à porta", a propósito da inspecção que está a ser feita nas praias do Algarve depois da derrocada na Praia Maria Luísa. Mas não havia lá um aviso para que as pessoas não se pusessem debaixo da arriba? É obviamente uma tragédia o que sucedeu, mas só me recorda quantas vezes vi a bandeira vermelha na praia e as pessoas a nadar como se não fosse com elas e não me parece que encontrar um bode expiatório, infelizmente, possa já remediar alguma coisa, mais valia que em lugar de se andar a tentar culpar instituições ou serviços, esta desgraça servisse de exemplo para que os portugueses comecem a aprender a respeitar os avisos de perigo.

Pronto, depois passei para um canal de filmes, porque realidades destas deixam-me com uma imensa necessidade de me alienar completamente e não sabia a quem dar o prémio...se calhar se tenho aguentado mais uns minutos haveria novos e poderosos candidatos.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

União...de facto.

A nossa sociedade, tal como qualquer outra, tem regras. Temos direitos e deveres de acordo com essas regras e em especial para se adquirirem determinados direitos há que exercer determinados procedimentos.
Se eu quiser ter isenção de IMI tenho de o solicitar, se o não fizer não tenho essa isenção. As pessoas com um determinado grau de deficiência têm benefícios no IRS, eu, felizmente, não tenho e como estas poderia enunciar umas dezenas de situações em que uma determinada situação ou condição determina tratamentos diferentes perante as Leis que nos regem.
O mesmo se aplica ao casamento, quem vive em comum e quiser usufruir de alguns benefícios deve declarar isso perante o estado e essa declaração chama-se casamento. Obviamente as pessoas têm o direito de casar ou não, mas não têm o direito de exigir o mesmo tratamento que os que casam, não o fazendo, do mesmo modo que se eu me recusar a pedir a isenção de IMI não tenho o direito de a exigir.
A questão fundamental aqui é um complexo de esquerda absurdo. Um complexo contra a instituição casamento, que neste contexto nada tem de ideológico-religioso, mas é simplesmente uma declaração de economia e vida comum perante o estado. Portanto, parece-me muito mais simples e correcto legalizar de vez os casamentos homossexuais do que andar aqui a encontrar uma figura híbrida e uma forma encapotada de garantir iguais direitos aos que cumprem os preceitos legais e aos que não cumprem.
O problema é que essa tal esquerda complexada não tem a coragem de abordar a questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo, em especial em vésperas de eleições e portanto acabam por vir piscar o olho a esse eleitorado com alterações à Lei que a páginas tanto acabam por desvirtuar os princípios que a mesma Lei reconhece para dar benefícios aos casados.
Pela minha parte acabava de vez com a história das uniões de facto, legalizava o casamento homossexual e punha fim a este absurdo de uma vez por todas.

sábado, 15 de agosto de 2009

Silly Season

Francamente só José Sócrates me fazia colocar ainda mais um post antes de me ausentar a banhos pró Algarve.

Fiquei estupefacto quando vi um novo outdoor de camapnha do PS a dizer" Aumentámos o salário mínimo". Que eu me recorde todos os Governos, todos os anos, actualizam o salário mínimo.

O salário mínimo aumenta todos os anos e todos os governos o fizeram, logo não é nenhuma façanha, nem acto digno de nota, para estar a apregoar numa camapanha nacional. Bem sei que estamos naquela altura do ano em que as pessoas tentam desligar da triste realidade deste país e até pode haver quem, distraído pelo espirito da estação estival, ao olhar para o outdoor fique bem impressionado...em especial se em sintonia com a época também tiver mandado o respectivo cérebro de férias.

Compreendo que Sócrates não encontre outra coisa positiva que possa dizer que fez, mas este outodoor é absolutamente ridículo até mesmo para a "silly season" e denota bem a dificuldade que ele tem para encontrar alguma de que se possa orgulhar em quatro anos de governação.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O cúmulo do absurdo!

Como muitos portugueses empenhados nos processo eleitorais tenho tido de lidar com as consequências da famosa Lei da Parvidade, quero dizer da Paridade. Francamente, quem pariu uma coisa destas bem que podia não ter sido parido e dai não viria mal nenhum ao mundo!
É um autêntico insulto que alguém tenha de ir num determinado lugar apenas porque é homem ou mulher, independentemente das suas qualificações ou da sua competência, ainda para mais num país onde a classe política não tem franca necessidade de melhorar a sua qualidade.
Esta mal-parida Lei não estimula, nem ajuda " a velhinha a atravessar a rua", obriga a pobre senhora a ter de o fazer, quer queira, quer não sob pena de mais ninguém poder atravessar a rua.
A participação política não se faz por decreto, não é por Lei que se incentivam as pessoas a ter uma actividade política, é com bons exemplos e com medidas que permitam ultrapassar as dificuldades daqueles que querem participar, mas não podem. Esta Lei, pelo contrário, é de tal forma absurda que o que cria são situações confrangedoras para as pessoas, em especial para aquelas que pretendia ajudar.
Nos partidos políticos sempre houve lutas pelos lugares e não imagino pior ofensa do que alguém ouvir que vai num determinado lugar porque é homem ou mulher e não pelo seu mérito ou valor. Para cúmulo, muito provavelmente muitas acusações dessas serão verdade. Será que quem criou esta aberração de Lei não pensou na dignidade das pessoas? Ou os fins justificam os meios?
Se os melhores três candidatos a um qualquer órgão são homens ou mulheres porque é que não podem ir seguidos? Porque é que se tem de meter alguém ao meio para "bem parecer"? Que hipocrisia! Já ouvi falar de situações em que pessoas vão simplesmente desistir após a eleição para dar lugar a quem vem a seguir. Não seria mais honesto apresentar logo aqueles que vão efectivamente exercer as funções? Não acabará isto por afastar ainda mais as pessoas da política?
Esta Lei é mesmo típica do actual estado socialista: Temos de ter sucesso escolar, por isso aldraba-se o sistema baixando o nível de exigência em lugar de melhorar o ensino, temos de baixar o desemprego aldrabam-se as listas retirando quem está em formação ou colocado em programas ocupacionais, que não são empregos nem de perto, nem de longe, temos de ter mais mulheres na política, aldraba-se o sistema obrigando as pessoas a participar, nem que seja apenas para que permitir que aqueles que se sentem motivados o possam fazer. Falso sucesso em toda a linha.
Já agora ainda gostava de saber se os homossexuais, devem ser contabilizados no género constante do documento de identificação oficial ou conforme opinião do próprio?
Pronto já desabafei, já posso ir de férias acalmar a irritação que este e outros absurdos que proliferam por este país me provocam.
Nota Importante: procurei uma imagem para ilustrar este post mas não encontrei nenhuma suficientemente absurda em toda a net.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A Noite das Facas Longas...

Há dias e noites assim...em 24 horas põe-se em risco tudo o que se conseguiu com meses de esforço.