domingo, 6 de maio de 2012

Antes pelo contrário...

A forma de fazer política em Portugal raia muitas vezes as fronteiras do ridículo.

As reacções à promoção do Pingo Doce no dia 1 de Maio são um claro exemplo disso, um claro exemplo que os nossos políticos ainda não se convenceram que não podem saltar para a carroça da revolução cada vez que lhe passa à porta.

Do ponto de vista social, uma promoção dessas dimensões em tempos de grande austeridade foi bem-vinda e acredito que a quase totalidade dos consumidores gostariam que se repetisse mais vezes e em mais cadeias de supermercados.

Do ponto de vista político não é um facto. Foi uma decisão de uma empresa privada e caso exista alguma ilegalidade existem autoridades para a averiguar e proceder em conformidade, logo, porque cargas de água é que os nossos políticos têm de andar a comentar decisões de gestão de empresas privadas? Só porque foi notícia e pretendem ter algum tempo de antena na comunicação social ou acham que têm de opinar sobre tudo o que se passa em Portugal? Não têm mais que fazer? Não têm preocupações mais importantes? Já olharam bem para o estado do país?

Mais ridículo ainda é pedir uma audição do Ministro da Economia por causa de uma campanha de promoção em supermercados, isso então é autêntica chicana política para inglês ver.

Começo a pensar que um imposto sobre figuras tristes e posturas ridículas poderia contribuir seriamente para ajudar a equilibrar o défice..fica a ideia ;)