quarta-feira, 30 de março de 2011

Vergonha....

Ao ver o Primeiro Jornal da SIC fiquei revoltado com a postura do pivot Bento Rodrigues. Primeiro esforçou-se por passar a mensagem do PS que quer à viva força que o PSD apresente o seu programa de Governo já, como se fosse o PS que define o tempo em que o PSD deve apresentar o seu programa eleitoral. Não contente com esse frete ao PS ainda tentou influenciar o comentador José Gomes Ferreira para que este criticasse os princípios orientadores do Programa do PSD e reagiu mal quando o comentador os começou a elogiar.

Foi triste ver o senhor Bento Rodrigues perguntar se as medidas eram suficientes, abanando a cabeça como que a dizer que não e mistificando a pergunta ao chamar medidas a princípios orientadores. Esta é a comunicação social que temos e este vergonhoso episódio apenas veio confirmar o que eu escrevi no post anterior.

As verdadeiras mentiras


Hoje assistimos ao inicio de uma nova campanha de mentiras por parte do Governo. É triste, mas é nestes termos que as coisas têm de ser postas e ditas.

O corte do Rating de Portugal pouco teve que ver com a crise política, a verdade é que as agências de Rating estão ao serviço das grandes entidades financeiras e estas não gostaram que a Cimeira da União Europeia não tenha decidido garantir em conjunto as dívidas soberanas do diversos países da zona euro. Por isso a senhora Merkel, o Sr. Zapatero, etc, ficaram irritados com o chumbo da famigerado PEC IV. Eles próprios enfrentam graves crises de popularidade nos seus países e não estão dispostos a ajudar os outros, o que significaria menor margem de manobra interna. Assim as agências de Rating vieram expressar o descontentamento dos grupos financeiros para darem um aviso à União Europeia. Portanto quando os Srs. Ministros da Finanças e da Economia e também o Sr. Primeiro-ministro vieram dizer que a queda no Rating era motivada pelo chumbo do PEC, mentiram e sabiam que estavam a mentir.

Mas, o Sr. Primeiro-ministro tem sempre de se destacar e portanto voltou a mentir. Mentiu quando disse que o PSD queria aumentar o IVA e mentiu de novo quando disse que o PSD "pensava" cortar o 13ª mês. A primeira questão já foi esclarecida por Pedro Passos Coelho que afirmou que se faltasse dinheiro para atingir a meta do défice, preferia aumentar o IVA a reduzir as pensões de reforma mínimas por uma questão de justiça social e moral. Bem sabemos que Sócrates preferia tirar aos que já quase nada têm, mas o PSD é diferente. A segunda questão nunca foi dita por um dirigente do PSD, foi uma armadilha de um senhor jornalista a António Carrapatoso, perguntando-lhe se admitia que o FMI poderia trazer consigo medidas como tipo do corte do 13º mês, ao que Carrapatoso surpreendido acenou um talvez. Daqui a dizer que o PSD quer cortar o 13º mês foi o frete de alguns jornalistas ao governo.

Todos sabemos que muita comunicação social está controlada e que continuam a distorcer a verdade a favor do Governo, pelo que, hoje mais do que nunca, é importante não acreditar, sem aprofundar a informação, nas manchetes que se lêem nos jornais ou da televisão.

Já começou a campanha da calúnia e da difamação, a única que José Sócrates sabe fazer quando já não pode iludir os portugueses com falsas promessas de 150 mil postos de trabalho, nem pode esconder o calamitoso estado a que conduziu Portugal.

E a procissão ainda vai no adro...

terça-feira, 29 de março de 2011

Não há almoços grátis....

Pelos vistos a última moda é toda a gente saber o que é melhor para Portugal...mesmo sem serem portugueses, nem conhecerem com exactidão as condições e as realidades do nosso país.

Toda a gente nos dá conselhos sobre como enfrentar a nossa triste situação, relembrando-me esses palpites que, como diz o provérbio, se os conselhos fossem bons, vendiam-se, não se davam.

O nosso nacional saloismo faz-nos valorizar de modo exagerado as opiniões dos estrangeiros, sejam elas do Banco Central Europeu, da OCDE, do Primeiro-ministro Espanhol, da senhora Merkel ou até de Lula da Silva, sem questionar sequer quais os motivos, quais as intenções, por detrás desses conselhos.

A verdade é que somos nós, portugueses, quem conhece a realidade do nosso país, as nossas capacidades e as nossas fraquezas e portanto temos de ser nós a escolher qual o caminho mais conveniente para sairmos desta crise, independentemente dos interesse dos outros.

O desplante é tal que vieram alguns notáveis internacionais, senhoras e senhores de chorudos ordenados em países com níveis de vida brutalmente superiores ao nosso, aplaudir medidas que congelavam pensões de sobrevivência de pouco mais de 180 euros. É preciso presunção e completa falta de sentido humano e de justiça social. Gente desta não me merece qualquer credibilidade, nem política, nem tecnicamente.

Acredito que para muitos deles seria conveniente que Portugal continuasse a ser o alvo dos especuladores dos mercados financeiros, antes que eles fixem os seus alvos noutros países, provavelmente até nos seus, criando situações muito mais embaraçosas para a zona Euro, mas para esse peditório já contribuiu de forma calamitosa o actual governo.

Diz-se que há duas espécies de idiotas, os que desconfiam de tudo e os que não desconfiam de nada...portanto....

sábado, 26 de março de 2011

Primeiras Notas

Tenho recebido algumas mensagens por ainda ter comentado os últimos desenvolvimentos políticos do nosso país. A verdade é que tenho estado a observar e a interpretar.

Sócrates fez o único que podia fazer. Tento percebido que o arrastar desta situação aliado à incapacidade do Governo de reduzir a despesa e às pressões da UE, levariam a que inevitavelmente tivesse de vir a pedir ajuda externa preferiu provocar já uma crise política em circunstâncias que lhe permitem voltar a candidatar-se do que cozer em fogo lento mais seis meses e depois perder essa oportunidade. Não se trata dos interesses do país, trata-se dos interesses de José Sócrates e dos seus amigos, com este processo Sócrates será deputado e os seus amigos também, daqui a seis meses o panorama poderia ser diferente. Aliás é notório o nervosismo dos boys do PS, desde os conhecidos aos anónimos, bem expresso nos comentários postados na net às diversas notícias sobre o desenrolar da crise, onde invariavelmente ameaçam com os malefícios do FMI e tentam criar o medo de novos aumentos de impostos e até do corte do 13º mês, como no tempo de Mário Soares. Tudo não passa de desespero.

Do outro lado, Pedro Passos Coelho, também não teve grandes hipótese de escolha. Nunca admitiria o PEC IV, quer por razões formais, quer por razões de conteúdo, mas essencialmente por ser a prova irrefutável da incompetência do Governo e de que a consolidação orçamental indispensável para Portugal superar esta crise não estava a ser feita. O tempo ideal para Passos Coelho seria daqui a seis meses, com Sócrates já completamente "carbonizado", mas ao contrário de Sócrates, Pedro Passos colocou os interesses de Portugal em primeiro lugar e assumiu o risco de vir a Governar num período extremadamente complexo e onde terá de tomar medidas muito difíceis.

Pedro Passos sabe, como todos sabemos, que quando chegar ao Governo terá muitas e desagradáveis surpresas em relação à real situação do país e das contas públicas e, mais uma vez e com risco para ele próprio, decidiu dizer a verdade aos portugueses e não jurar que não vai mexer na carga fiscal, embora só o tenha admitido em situação limite e de calamidade nacional. Pedro Passos sabe e disse muito bem que a receita fiscal não sobe na exacta medida da carga fiscal porque esta provoca redução da actividade económica e portanto não sairemos desta crise aumentando impostos, sairemos desta crise produzindo mais e dinamizando a economia, o que implica também aumento do consumo interno, por redução do desemprego e redução da carga fiscal.

Para já fico por aqui, embora haja mais uns aspectos colaterais sobre os quais escreverei depois, nomeadamente as reacções nacionais e internacionais, mas esse será outro post.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Até que enfim....

O Primeiro-ministro anunciou esta noite que se o PEC IV não for aprovado no Parlamento deverá haver eleições antecipadas. Embora seja legitimo ter dúvidas de desta vez e pela primeira vez cumprirá as suas promessas e honrará a sua palavra, essa eventualidade é mais um bom motivo para chumbar o dito PEC, para além de que o próprio PEC bem merece um chumbo liminar!

sábado, 12 de março de 2011

Chega!!!!


A afirmação da incompetência e da falta de verdade e honestidade deste governo veio pela boca do Ministro das Finanças ao reconhecer a necessidade de um "PEC IV" com novas medidas de austeridade.

Quatro programas de estabilidade e crescimento em menos de um ano. Nenhum dos três anteriores trouxe verdadeira estabilidade ou crescimento e todos eles trouxeram sacrifícios, cortes de apoios e benefícios sociais, afectando de modo violento e desumano os membros mais frágeis e necessitados da nossa sociedade, aqueles que mais precisam da solidariedade social.

A verdade é que cada PEC foi anunciado como o definitivo, afirmando o Governo que as medidas apresentadas eram suficientes para atingir os objectivos do défice, mas passados poucos meses, com igual desplante, veio o Ministro das Finanças e o Primeiro-ministro anunciar a necessidade de um novo PEC porque o que estava em vigor não era suficiente. Simplesmente assim, sem mais explicações, são necessários mais sacríficos e ponto final.

Já chega! A incompetência deste Governo é gritante, é ofensiva e não pode ser mais tolerada!

O Governo teve todas as condições para Governar bem, foi incapaz, mentiu-nos repetidamente e despudoradamente. Chegou a altura de limpar esta nódoa de governo e dar ao país um novo e verdadeiro Governo, que seja competente, que fale verdade e seja capaz de abrir horizontes de esperança para Portugal.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Carnaval....

Há muitos anos que tenho o bom hábito de não ver os Festivais da Canção e este ano não foi excepção, graças a Deus.
Depois de ler a letra da canção vencedora ficou mais claro para mim como é que Sócrates conseguiu ganhar duas vezes seguidas eleições neste país...
O que me preocupa é que aquela coisa vai representar o meu país num contexto internacional o que será motivo de profunda vergonha para qualquer pessoa com mínimo de bom gosto e de cultura.
Sempre ouvi dizer que as misérias escondem-se em casa e mesmo sendo Carnaval, há coisas com que se não deve brincar...

domingo, 6 de março de 2011

Vergonha!

O jogador mais habilidoso do Braga...

quarta-feira, 2 de março de 2011

O Incoerente


O homem faz o possível por se manter à tona da água, nas luzes da ribalta e como de costume a melhor forma da comunicação social lhe dar atenção é criticar o líder do seu próprio partido, coisa em que Pacheco é useiro e vezeiro.

Este tipo de mentalidades caiem frequentemente em contradições e em incoerências graves e Pacheco cai muitas vezes.

Desta vez veio acusar Pedro Passos de navegar à vista, de fazer propostas tipicamente liberais para depois as suavizar. Nós sabemos de onde Pacheco veio, da extrema esquerda e portanto é natural que não compreenda que a Social-Democracia também é composta por uma dose de liberalismo, que é equilibrada e equilibra a corrente do intervencionismo do estado. Equilíbrio e reformismo são valores fundamentais do PSD e Pacheco ainda não percebeu.

Não contente com isso vem defender que se o Governo não provocar um descalabro orçamental deveria ir até 2013. Pacheco também ainda não percebeu a gravidade da situação do país, não podemos ter um governo sofrível ou menos mau, temos de ter um bom governo! O valor da estabilidade não se pode elevar acima dos interesses de Portugal e quando um governo está feliz por continuar a endividar o país em mais 7% ao ano e a comprar dinheiro pela mesma e ruinosa taxa juro, não é um bom governo, não é um governo sofrível, é mesmo um mau governo.

Pacheco não disse uma única palavra de crítica a Sampaio quando este dissolveu o Parlamento em 2004 e vem agora advogar que as legislaturas são para cumprir? Então em 2004 a legislatura não era para cumprir ou como Pacheco não gostava do governo de Santana, já se justificava a sua demissão?

A sério, estou farto dos Pachecos Pereiras deste país, cuja única lealdade, não é a um partido, nem sequer ao país, é apenas ao próprio umbigo.

"M'espanto às vezes, outras m'avergonho", frase de Sá de Miranda, é o lema do Blog de Pacheco e em verdade aplica-se cada vez mais ao às atitudes do autor.

terça-feira, 1 de março de 2011

Mau Maria

Quando o Ministro das Finanças vem dizer que está disposto a implementar novas medidas de austeridade para atingir o objectivo do défice isso só significa que as previsões do governo estão em risco de falhar.
Tal só pode acontecer por dois motivos: as medidas de controlo da despesa não estão a ser correctamente executadas ou as previsões de receita foram sobrevalorizadas. Agora já não há desculpas com a crise internacional.
Em qualquer caso serão muito más notícias e só podem ter como resposta, a verificar-se qualquer das situações, a imediata demissão do Governo por demonstrada incompetência grosseira.