quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O Dia da Asneira

Ontem foi o Dia Europeu Sem Carros, mas por cá mais parece que foi o Dia da Asneira, tal a quantidade de disparates que foi dita neste país do sol à beira-mar plantando.
Desde o futebol até às questões do orçamento e da governabilidade ouvimos toda a sorte de sandices, em que cada qual abriu a boca e deixou falar o espírito.
Seria impossível referir aqui toda a santa asneira que foi dita, mas algumas merecem uma pequena nota.
Começo por aquela coisa de inenarrável do Peres Metelo, que veio dizer, contra tudo e todos, que afinal está tudo bem com a evolução das contas publicas, fazendo mais um dos seus acostumados fretes, para não dizer outra coisa, ao PS. Curiosamente, foi hoje desmentido pelo próprio Ministro das Finanças. Não percebo porque é que a TVI insiste em pôr vetusto senhor a comentar economia e finanças...ou se calhar até percebo se nos lembramos das mudanças na TVI há um ano atrás...
No futebol , o treinador do Porto, que até aqui vinha mantendo um comportamento decente, veio imiscuir-se na questão da arbitragem do jogo entre o Benfica e o Vitória Sport Clube, que para quem não sabe é o verdadeiro nome do chamado Vitória de Guimarães. Não percebi o que é que Villas-Boas tem a ver com esse assunto?Será que tem medo que os árbitros não continuem a prejudicar vergonhosamente o Benfica?
Depois foi o Presidente do Tribunal de Contas, em infelicíssimo momento, a vociferar que era melhor um mau orçamento do que não ter orçamento nenhum. Será que o senhor não sabe que se não houver novo orçamento é utilizado o actual por duodécimos? Isso significaria que, pelo menos, não vai haver aumento da despesa. Então o Presidente do Tribunal de Contas considera preferível um orçamento que afunde ainda mais o país a manter o actual, que apesar de mau parece ser melhor do que o governo se prepara para apresentar? Ó senhor, tome lá juízo.
No meio de tudo isto continuam a degladiar-se os "pró" e "contra" intervenção do FMI, cada qual com argumentos piores que o anterior, seja qual for a ordem em que se leiam, tentando obter alguma notoriedade ao cavalgar mediatização desta questão.
Para cereja em cima do bolo, Pedro Santana Lopes, por quem é publico e notório que tenho grande simpatia, veio dizer que fazia falta um governo de salvação nacional e que o Presdiente deveria actuar. Eu sei, todos sabemos, que Santana Lopes tem todos os motivos para acertar contas com Cavaco Silva e também que não perde ocasião de ir saldando as ditas, mas desta vez o tiro saiu completamente fora do alvo e foi despropositado. O que Portugal precisa é de um governo...e ponto final.
No meio de tudo isto salvou-se Paulo Bento ao dizer que a selecção não pode pedir nada aos portugueses sem antes mostrar trabalho e resultados. Valha-nos alguém com bom senso neste mar de disparates e que espero que mantenha no futuro como seleccionador, para não ter de lhe dedicar alguns posts com ao Carlos Queiroz.
Enfim, há dias assim...

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