terça-feira, 7 de setembro de 2010

Descalabro!

Há pouco tempo atrás escrevi aqui que Carlos Queiroz é um parolo, para quem o requisito fundamental para um jogador ser convocado para a selecção é jogar no estrangeiro. Talvez porque Queiroz nunca fez carreira digna de nota por cá e acha que foi além fronteiras que reconheceram o seu valor, logo transpõe essa capacidade de reconhecimento para os jogadores, isto é, se um clube estrangeiro contrata um jogador português é porque esse jogador é o melhor.
Qualquer pessoa percebe que esta lógica tem falhas fatais, em particular quando temos no campeonato nacional excelentes jogadores portugueses e que estão em bom momento de forma, representando opções muito mais adequadas que as escolhas da famigerada equipa técnica da selecção. Vejam o que foi preciso acontecer para que Queiroz percebesse que o Miguel não tinha condições para ser o lateral direito. Se for assim com cada asneirada de Queiroz, nem daqui a vinte anos voltamos a apurar-nos para uma competição de selecções.
Já nem vou falar das opções estratégicas e da incapacidade de as corrigir ou sequer de fazer substituições a tempo de alterar alguma coisa.
Temos de encarar a realidade. E essa realidade é que não temos o lote de bons jogadores que já tivemos noutros tempos e com o tipo de limitações que o bloqueio psicológico de Queiroz provoca, nem sequer conseguimos apresentar os melhores, portanto mais vale que nos habituemos a que, enquanto persistirem estas condicionantes e não houver a coragem de correr com o Queiroz, a nossa selecção voltará a ser uma selecção de segunda linha.
Sem dramatismos, esta é uma selecção sem chama nem glória e como sempre cada qual deita-se na cama que faz.

2 comentários:

Alfredo Martins Guedes - Entroncamento disse...

Nome: ALFREDO MARTINS GUEDES

Blog: http://amilcarbengla mourão.blogspot.com

Por motivos de índole profissional que se ligavam com a construção do grande empreendimento de Alqueva, vivi alguns anos na bonita cidade de Moura, florido oásis que então adoptei como terra do meu coração. Ali conheci e algumas vezes me cruzei com o autor deste blog, o senhor Amílcar Bengla Mourão - (ABM), mas sem que em momento algum tivéssemos oportunidade de falar pessoalmente.

Do que lia nos seus frequentes artigos jornalísticos por si relatados no distinto quinzenário “A Planície”, jornal onde nos tempos do seu saudoso director Miguel Nuno o signatário deste escrito também então colaborava; e do estreito contacto que nesses tempos mantinha com certa pessoa ligada ao seu círculo familiar, ficou-me a nítida impressão de que se tratava de alguém culto, inteligente e de elevado bom senso.

Embora pertencendo ambos à mesma “família” política, tenho de admitir que nem sempre com ele convergi acerca de algumas das apreciações por si expostas no referido jornal, mas também nunca me dei ao cuidado de contestar aquelas de que discordava.

De qualquer forma, não posso aqui deixar de realçar e de louvar o esforço feito por (ABM) em prol da divulgação da causa social-democrata pelo Alentejo, pois sabe-se que não é fácil “pregar” numa terra onde as ideias da verdadeira Liberdade continuam sendo olhadas de soslaio e onde a formatação da mente de muitos alentejanos continua também sendo orientada por profissionais caciques da política – os ditos esquerdistas!

Continuando a ler “A Planície” e espreitando hoje mesmo pela primeira vez o interessante blog de (ABM), nele reparei que continua a manter aquele seu mesmo fresco e habitual ritmo intelectual e jornalístico com que há muitos anos a esta parte nos vem brindando!

Devo dizer que aprovo na generalidade tudo o que diz no referido blog, mas discordo quando num dos seus últimos post’s aborda de forma um pouco desastrada o momentoso assunto futebolístico relacionado com Carlos Queiroz! Amílcar Mourão sabe melhor que ninguém, que escrever num blog ou noutro qualquer meio de comunicação exige rigor e respeito pelas normas deontológicas que regem o jornalismo. Não sou procurador nem advogado de Queiroz, nem certamente ele precisará dos meus serviços. Mas devo reconhecer que a alguém que não se pode defender e que certamente nem sabe que existimos, não fica bem dirigir palavras ou frases menos correctas como “parolo” ou … boa Queiroz, podias ter posto um guarda-redes, etc., etc., sob pena de também de elas sairmos literalmente chamuscados! Espero bem que tenha sido apenas um desabafo do autor do blog. Eu próprio nem queria acreditar que o texto em causa tivesse sido assinado por alguém que sempre considerei escrever com elevação.

Com os meus cumprimentos


Entroncamento, 13.09.2010

Amílcar Bengla Mourão disse...

Meu Caro Alfredo Guedes

Tenho pena que nunca tivéssemos chegado a conhecer-nos pessoalmente e quero agradecer-lhe as suas simpáticas palavras sobre mim.
Como faz notar o meu estilo de escrita é normalmente bastante racional e até algo circunspecto, mas, como todos nós, tenho também as minhas paixões e momentos mais inflamados. Se há coisa que me tira do sério é o que, na minha opinião entenda-se, classifico como incompetência e no caso em a que se refere o seu comentário, foi essa leitura que fiz da actuação de Carlos Queiroz. Já agora e honestamente, a culpa foi também da FPF, pois Queiroz provou ser bom a trabalhar com as camadas jovens, mas que em termos de seniores...
A somar a isto, tenho enorme respeito e orgulho por Portugal e quando o bom nome ou as qualidades do nosso país ficam em cheque, eu reajo bastante mal e se reagir a quente uso o humor, o ridículo, como arma de arremesso e nesses casos sou bastante truculento e nada meigo na forma como me expresso.

Quero dizer-lhe que respeito a sua opinião, admito que não só não essa a minha forma habitual de expressão, como que me possa ter excedido, mas, permita-me, em minha defesa, relembrar o provérbio popular" Quem está zangado não diz orações"...E garanto-lhe que eu estava muito zangado e há já há muito tempo.

Um grande abraço e muito obrigado pelo seu comentário.