terça-feira, 29 de março de 2011

Não há almoços grátis....

Pelos vistos a última moda é toda a gente saber o que é melhor para Portugal...mesmo sem serem portugueses, nem conhecerem com exactidão as condições e as realidades do nosso país.

Toda a gente nos dá conselhos sobre como enfrentar a nossa triste situação, relembrando-me esses palpites que, como diz o provérbio, se os conselhos fossem bons, vendiam-se, não se davam.

O nosso nacional saloismo faz-nos valorizar de modo exagerado as opiniões dos estrangeiros, sejam elas do Banco Central Europeu, da OCDE, do Primeiro-ministro Espanhol, da senhora Merkel ou até de Lula da Silva, sem questionar sequer quais os motivos, quais as intenções, por detrás desses conselhos.

A verdade é que somos nós, portugueses, quem conhece a realidade do nosso país, as nossas capacidades e as nossas fraquezas e portanto temos de ser nós a escolher qual o caminho mais conveniente para sairmos desta crise, independentemente dos interesse dos outros.

O desplante é tal que vieram alguns notáveis internacionais, senhoras e senhores de chorudos ordenados em países com níveis de vida brutalmente superiores ao nosso, aplaudir medidas que congelavam pensões de sobrevivência de pouco mais de 180 euros. É preciso presunção e completa falta de sentido humano e de justiça social. Gente desta não me merece qualquer credibilidade, nem política, nem tecnicamente.

Acredito que para muitos deles seria conveniente que Portugal continuasse a ser o alvo dos especuladores dos mercados financeiros, antes que eles fixem os seus alvos noutros países, provavelmente até nos seus, criando situações muito mais embaraçosas para a zona Euro, mas para esse peditório já contribuiu de forma calamitosa o actual governo.

Diz-se que há duas espécies de idiotas, os que desconfiam de tudo e os que não desconfiam de nada...portanto....

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