quinta-feira, 13 de maio de 2010

Bummm....

A teimosia e a obstinação do Primeiro Ministro trouxe-nos a esta triste situação.

Há mais de 10 meses que se sabia que a situação do défice era catastrófica, no entanto por razões eleitoralistas isso foi sempre negado pelo Governo, até hoje. Há apenas uns dias Sócrates garantia na Assembleia da República que não iria aumentar o IVA, hoje, como já é habitual nele, deu o dito por não dito.

A situação é insuportável, a este ponto chegámos e agora já não há nada a fazer que não inclua subir impostos, porque é necessário aumentar as receitas de imediato e só temos seis meses para fazer o que deveria ser feito num ano ou mais.

No entanto só isso não é suficiente, é fundamental reduzir a despesa e ainda não se percebeu muito bem como se vão cortar despesas exactamente e em particular se se vão manter os grandes investimentos públicos sem qualquer rentabilidade imediata, como é o caso do TGV.

Uma coisa sabemos, o imposto dos bens essenciais vai subir 20% e isso é uma carga muito pesada, demasiado pesada, para os mais pobres, para os pensionista, que gastam o seu parco rendimento em comida e medicamentos e são eles quem vai sofrer o impacto mais pesado, pois os produtos que compõem a quase totalidade do seu cabaz de compras vão subir brutalmente.

Aquilo que foi anunciado hoje vai estrangular o crescimento da nossa economia e tenho dúvidas que a redução da despesa seja efectivamente concretizada e se assim não acontecer, tudo isto não será suficiente e poderemos vir a ter ainda outras más surpresas no orçamento para 2011.

Sócrates prefere afundar o país a reconhecer a sua incompetência e foi recusando a realidade com discursos demagógicos, e agora, perante um ultimato da União Europeia, tem de tomar medidas muito mais violentas para os portugueses do que se tem começado a actuar há oito ou dez meses atrás.

Uma questão fica por verificar, é a reacção dos mercados monetários internacionais a estas medidas, para saber se este Primeiro Ministro e este Governo ainda têm alguma réstia de credibilidade externa, porque interna...estamos falados.

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