quinta-feira, 21 de julho de 2011

O Novo Governo II

Começaram a ser tomadas as medidas que de alguma forma já haviam sido anunciadas e que, muitas delas, já constavam do acordo com a troika.

Há uma nítida preocupação em promover algum equilíbrio de forma a proteger os social e financeiramente mais frágeis, não só com os escalonamentos nos aumentos de taxas como também no relativo ao imposto especial sobre o rendimento. O facto de os primeiros 485 euros ficarem isentos é uma muito forte atenuação dos impactos junto dos mais desfavorecidos.
Em simultâneo o congelamento de custos com obras públicas não urgentes ou até de duvidosa utilidade são medidas fundamentais para evitar ter de pedir novos sacrifícios aos portugueses, apesar da enorme derrapagem de mais de 2 mil milhões com que o anterior governo ainda nos conseguiu brindar na sua gestão antes das eleições.

Em qualquer caso, hoje surgem boas notícias vindas da UE, relativamente à possibilidade da baixa da taxa de juro e alargamento dos prazos de reembolso, caso se verifique, embora tal não signifique uma alteração das metas para o défice, deixa no entanto o esforço ligeiramente menos penoso.

Sem embargo há ainda um caminho muito longo de medidas difíceis a tomar, como por exemplo a questão do aumento dos preços dos transportes públicos, mas mesmo assim haverá a preocupação de reduzir os impactos junto das famílias mais carenciadas. Sobre esta matéria é importante perceber que o que se está a fazer é passar uma parte do custo para os utilizadores em lugar de pagarmos todos, mesmo que não utilizemos os transportes públicos, pelo que também há aqui alguma justiça social.

Enfim, como já escrevi, ainda há muito para fazer e o caminho do novo governo apenas está a começar, mas para já parece ir no bom caminho, embora só os resultados possam realmente aferir se assim será.

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