A estratégia de crescimento do Governo subjacente à proposta de Orçamento de Estado para 2011 é a do costume: Exportações.
Este chavão ficou na moda no início da década e ninguém se questiona se faz algum sentido ou sequer se é exequível. É o típico bloqueio intelectual que as modas ideológicas tem o condão de provocar até nas mais brilhantes mentes.
Já começo a ficar cansado de dizer que não podemos orientar a nossa estratégia de crescimento e de desenvolvimento exclusivamente para as exportações.
Andamos nisto há dez anos e sem qualquer resultado, bem pelo contrário, há dez anos que não crescemos acima da média da UE, porque não temos capacidade concorrêncial global, mas sim apenas em pequenos clusters.
A nossa estratégia tem de passar por uma forte aposta no turismo e globalmente no mercado nacional, na substituição de importações por produção nacional, baseada numa boa relação qualidade/preço e nas vantagens competitivas que advêm de menores custos logísticos.
Quanto tempo vai levar até que os nossos ilustres governantes e muitos dos meus brilhantes colegas economistas percebam isto? Mais dez anos?
2 comentários:
Amilcar é melhor ir pensando no Orçamento 3...até chegar ao abismo.
Peço desculpa mas não percebi exactamente o que pretendia dizer.
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