sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Desisto...


Pronto, rendo-me...confesso que sou incapaz de gerir esta história das mensagens de Boas Festas, as que entram as que saem, as que ficam pendentes....

Neste momento já não sei a quem mandei, a quem respondi ou a quem ainda falta responder, mas, com sinceridade...

BOAS FESTA PARA TODOS....

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Le Ménage Impossible....


Toda a gente sabe que cavaco Silva não é propriamente santo da minha devoção, já o escrevi várias vezes e não o escondo mesmo em período pré-eleitoral, mas as afirmações de Manuel Alegre no debate na TVI roçam o cúmulo do ridículo.

É verdade que até há uns tempos atrás tinha alguma simpatia por Manuel Alegre. Pela sua independência face aos interesses instalados e pela sua verticalidade de posições. Mas, nos últimos tempos e desde que teve de gerir o apoio o Bloco de Esquerda e do PS perdeu completamente essa postura, passando a evidenciar posições dúbias, ziguezagueantes, tentando um exercício impossível de compromisso entre a critica social, a defesa do actual governo e a reafirmação dos princípios socialistas que sempre disse defender.

Manuel Alegre perdeu o encanto do intelectual que afirmava as suas convicções acima de todos os interesses. Manuel Alegre transigiu, claudicou aos interesses eleitoralistas e fê-lo por desespero de causa. Todos sabíamos, e Manuel Alegre também sabia, que cavaco Silva será reeleito. Não se esperava de Manuel Alegre que ganhasse ou sequer que conseguisse forçar uma segunda volta, apenas que fosse a voz do inconformismo, de alguma utopia e do sonho que também fazem falta na vida politica, mas não a voz do absurdo e da acusação gratuita e desprovida de qualquer senso.

Se o FMI tiver de entrar em Portugal a culpa é do Governo e dos Deputados que o suportam no Parlamento, entre os quais Manuel Alegre, não do Presidente da República, por muito colaboracionista e calculista que Cavaco tenha sido na tentativa de manter uma base de apoio social suficiente ampla para garantir a sua reeleição.

A verdade é que também a sociedade portuguesa limitou Cavaco Silva, quando tudo e todos vieram aos gritos a dizer que o Governo não podia cair e que o orçamento tinha de passar. Cavaco, que quer ser reeleito, pouca margem tinha para agir de modo diferente daquele como agiu.

Nesta noite Manuel Alegre esteve mal e mal continuará enquanto não se livrar das coleiras que o PS e o Bloco lhe puseram ao pescoço. Afinal, parece que sempre há um preço para todas as consciências. Cavaco, ao menos, continua igual si próprio...

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sentido de Estado II

Na ultima sexta-feira acompanhei a visita de Pedro Passos Coelho a Barrancos. Foi uma deslocação cheia de simbolismo a um dos mais pequenos e dos mais pobres concelhos de Portugal, onde a interioridade faz sentir os seus efeitos de forma particularmente agressiva.
Na calorosa recepção nos Paços do Concelho onde o Presidente da Câmara, António Tereno, fez uma exposição detalhada das enormes dificuldades que enfrenta no dia-a-dia, teria sido muito fácil a Pedro Passos Coelho cair na tentação de prometer a solução absoluta dos problemas do Concelho por parte de um futuro, cada vez mais certo e próximo, governo do PSD.
Mas não. Mais uma vez Pedro Passos demonstrou que está na política com verdade e com honestidade, que não anda a fazer promessas eleitoralistas e nem empenha a sua palavra com o que não tem a certeza de poder cumprir.
Demonstrou que conhece bem os problemas da interioridade e evidenciou uma notável sensibilidade para os problemas económicos e sociais que as populações destas zonas enfrentamos, mas tudo o que prometeu foi uma atenção e enfoque diferente em relação ao interior de Portugal, reconhecendo que se queremos efectivamente ter um país desenvolvido não podemos continuar a ignorar e a ostracizar uma faixa enorme do nosso território e população.
Conheço o Pedro Passos há quase 25 anos, nunca lhe ouvi promessas demagógicas ou eleitoralistas e sei que tem a coragem para fazer as mudanças e as reformas necessárias ao harmonioso desenvolvimento de Portugal, sem se preocupar que interesses instalados incomoda ou que consequências políticas dai advirão.
Em Barrancos esteve igual a si próprio e cada vez estou mais certo de que, ao contrário do que temos hoje, teremos um Primeiro Ministro que honrará a sua palavra e que em lugar de promessas vãs, irá primar pela acção.

sábado, 4 de dezembro de 2010

30 anos



Faz hoje 30 anos, mais ou menos por esta hora, recebi pela televisão a notícia da morte de Francisco Sá Carneiro. Foi a minha primeira experiência de perca e de morte e talvez por isso nunca esqueci a terrível sensação que me provocou.

Não vou aqui repetir o primeiro post que publiquei neste Blog sobre a influência de Sá Carneiro na formação das minhas opções politicas, só quero deixar uma mensagem de estupefacção e de revolta por 30 anos depois ainda subsistirem muito sérias dúvidas sobre a causa da sua morte e não se ter seriamente levado até às últimas consequências as diversas investigações que foram sendo pseudo desenvolvidas ao longo dos anos.

Esta é uma mancha negra na história da investigação, da justiça e da democracia neste país. Voltou a falar-se de reabrir a investigação, se o fizerem, que seja uma investigação séria e conclusiva para lá de qualquer suspeita, porque de outro modo continuaremos a duvidar e a suspeitar das instituições e da justiça em Portugal.